sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Ausear

Cospe...
Do alto se vê tão gigante.
Reprime meus olhos castanhos
Gritantes de tanto velejo,
Neste mar negro.

Agride...
Com tua arma pungente,
Explicita no pulsar das veias
O impetuoso desejo,
Em tantos pingos.

Rejeite...
Este corpo descrente,
Deste inefável sentimento
Que é senti-lo
E deixá-lo.

Exclui...
Essa falta não existe.
É muito mais um surto. 
Porque não incide
Quem o habitou.



Renata Netto.