domingo, 18 de março de 2012

Arquitetura

A arte que silenciosa invade e transforma um cenário, uma vista ou uma cidade.
Isola, expressa, transborda, impõe, divide, intriga e responde ao que somos ou que nos tornamos.
Tão  imensa é sua força implacável na paisagem a qual se insere, de modo a denunciar uma linguagem,
Quase corpórea, quase musical, mas infinitamente humana, social, cultural e plasticamente inimaginável sem entorno.
Algo que cria-se na intenção de algo tocar, provocar, inovar, evoluir ou até mesmo confortar, comover.
Como  uma crítica, muitas vezes, se constrói sob um pedestal político-social para algo aprender e reconstruir.
Como a vida, talvez, extremamente mutável pelas mãos e mentes humanas querendo imitar ao Rei de todas as coisas.
No papel a idéia nos traços rebuscados de uma lapiseira ou lápis 2b é a semente do que vem a se desenvolver,
nascer.
O embrião que irá amadurecer e crescer a tal ponto de se estabelecer firme, de pé em sua beleza atemporal.
Lindo como a vida e sua inconstância, permanece até o fim em mutação, renovação e repugnância aos olhos de um futuro que um dia chega.
Assim, quando o tempo e o espaço alcançam o tédio, a ignorância das mãos e mentes da espécie que as criou sentenciam sua demolição.
E mesmo morto ainda se conserva a memória de seu passado áureo, ainda transmite uma época, um modo de vida, uma linha do tempo.
Por isso a arquitetura em seu aspecto nato é a constatação de que não existe arte mais literal e exata do tempo e espaço.
Assim como não existe arte tão bela quanto projetar e superar o que o imaginário de outras pessoas esperam e procuram alcançar.
O equilíbrio, a harmonia, plasticidade que diz origens, posturas, conceitos, que comunica a essência de algo ou alguém...
Não existe no mundo arte mais mutante e mais interessante que a arquitetura. Uma experiência cotidiana explícita e altamente identitária.


Renata Costa.

Meu eu ontem, hoje e até um futuro onde ele se transforme mais uma vez

Pra ser sincera não espero que você mude, nem corra...não espero que um dia especial aconteça. Pra ser sincera só espero de você que possa me dar o que pode e quer me dar... Pra ser sincera o nosso encontro foi lindo, na memória ainda sorri aquele teu olhar...Mas hoje eu não sei o que quero, o que sinto e nem o que posso dar...Eu só sei que vivo sempre procurando uma nuvem para encostar minha cabeça e sonhar...Não com amores, pois estes vem e vão, mas com meus sonhos de vida, desenvolvimento e crescimento profissional, mas muito mais como pessoa...e sei que ando muitas vezes nos trilhos errados, porque sou humana e mais que a razão me falam os instintos carnais...
Ando e paro, olho e comparo em quais situações meus conceitos se moldaram de forma intensamente distinta, aos segundos em que até quase ontem respiravam fortes e firmes em minha mente o convencional, conservador e algo de ingenuidade e pureza infantil. Mas observando os caminhos que a vida me direcionou...sei que tudo eu quis em silêncio, falando comigo mesma, esperando que tudo acontecesse na normalidade irreal que nos submetemos quando pensamos no futuro: tudo lindo e constante. A vida ensina sempre que a transformação é necessária e tudo é mutável, mas insistimos em continuar acreditando que tudo será lindo depois de um sonho realizado. Mas esquecemos que os sonhos realizados são apenas o que queremos para nós mesmos e no mundo existem milhões de pessoas e algumas estão incluídas nos processos descompassados das nossas escolhas. O que pode alterar completamente nosso comportamento e o rumo das coisas.
Hoje não espero nada da vida, só espero algo de mim...poder entender o que será melhor para o meu corpo e mente a cada dia visando um possível sonho...porque da realidade nada sabemos e das pessoas menos ainda.


Renata Netto