terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Rege-me!

E se a maré chegar e alcançar meus pés...
Deixa levar minhas lágrimas
E se a maré chegar e alcançar minha alma...
Deixa levar...
A saudade que aprisiona meu sorriso,
Que castiga com rigor meu coração.
Deixa-a renovar as minhas águas,
Que o filtro será mais puro.
Eu sei que errei demais
Por deixar-me guiar
Pela emoção.
Entreguei-me sem remorso
Aos braços da liberdade
Achando que seria melhor.
Mas sei o que trago no peito.
Não sou um poço de rancor,
Nem berço que repousa felicidade.
Um turbilhão atrapalhado
Esperando por amor.
Tento encontrar um abraço,
Descanso para meu corpo
E paz para minha mente.
Sei que sou mar em tempestade.
Seja a lua que guia as marés
E conseguirá navegar em mim,
Apenas por alguns instantes...



Renata Netto.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Ou não?!

Até onde escorre o sangue da ferida?
O peito aberto expõe a flor
Ainda por desabrochar.

Até onde vai o leito a estreitar-se?
As águas não terminam nele
Estão se renovando sempre.

Assim é o amor, mesmo doído
Está receptivo a descoberta
Do erro ou acerto!

E assim é a vida, mesmo dura
Está aberta as oportunidades
De ser ou não melhor!

E tudo, absolutamente tudo!
Está na decisão de uma palavra
Uma permissão ou não!


Renata Netto.

Doje nhãrei

Se não é amor o que sinto...
Se a saudade não chega a doer,
Mas consome horas do meu dia...
Não sei o que pensar, melhor não pensar!

Se o que sinto é insano...
Se o corpo grita arrepios de memórias,
Ainda quentes e agonizantes na mente...
Não sei o que deve existir, melhor é partir!

Se o toque é intenso...
Se o cheiro não me sai do nariz,
Mesmo depois de um café amargo...
Não sei o que sentir, melhor desistir!

Se eu não sei o que sinto...
Ou acho melhor não saber o que existe,
De algum modo é forte, marcante e fica...
Mesmo não querendo, já está preso em mim!

E eu não sei o que fazer...
O que sentir...
O que dizer...
Não sei...
De hoje,
Ou o que amanhã eu farei...


Renata Netto.