domingo, 18 de agosto de 2013

Propor-no dia!

Horizonte sem trilhas ou marcações,
Restrições, padrões, correções...
Para dançar é preciso apenas sentir...
E sem vergonha se permitir...
A se divertir, a ser mais feliz...
A música é quase uma oração
Do que se propõe a dizer...
Esclarecer, anunciar, denunciar...

Paradigmas sem conceitos ou direitos,
Restrições, padrões, correções...
Para transar é preciso apenas sentir...
E sem vergonha se permitir...
Ao se descobrir, a ser mais feliz...
E, o sexo é quase um ritual
Do que se propõe a ser...
Você, Atriz, Ninfeta, Megera...

Claro, tudo, dentro de suas proporções!

Renata Netto.


Instrumentalize

Acompanha-me melodia...
Não me deixe por nada, em nenhum instante,
Não me deixe acordar sem ti!

Em passos ritmados, guia-me...
Na beleza de tua sensibilidade,
Na coragem de teus versos,
Cheios de verdade e sentimentos...

Embala na nuance de mistério...
Que cada frase contra verso...
Uivo ou grito esconde em seu corpo...
Transvestido de ilusões doídas...

Carrega-me da mais pura leveza
De teus signos, liberdade,
Calmaria ou tempestade, turbulências...
Abriga-me de histórias de vida...

Música não me deixe na vida sem ti...
Seria um fardo, miséria de sensações...
Música não me deixe nem na morte
Porque na ausência você me trará de volta...

Em tantas mentes, em tantas memórias...
Histórias do meu eu, cantadas por aí...
Onde existir algo a ser dito, instrumentalize
Que a vida é para ser musicada sempre!

Renata Netto.

domingo, 11 de agosto de 2013

Deixe-me ir

Deixe-me submergir...
Nessa nata de amanhecer,
Configurando em mim
Uma nova chegada...

Deixe-me envolver...
Nesses tantos acordes,
Movendo meu corpo
Envolto de magia...

Não respondo por mim,
É algo que me tira de si.
Não tenho medo de ir,
É algo que me faz sorrir.

Deixe-me descobrir...
As mantas de tua face,
Surpreendendo-me
Com cada rosto...

Deixe-me percorrer...
Nas nuvens dos sonhos,
Conduzindo meu ser
A ilusão do prazer...

Não respondo por mim,
É algo que me tira de si.
Não tenho medo de ir,
É algo que me faz sorrir.

Renata Netto.



Destino traiçoeiro

Se o pesar fosse pouco,
O pensamento se retrairia.
Se a angústia fosse pouca,
O pulsar, constante, seria...

Mas não o é! É imenso e forte...
Submerge desejos a fio e cor...
E padece por não haver saída...

Mas é gritante! Ruim e trágico...
Amargo, seco, mais um lamento...
Onde não persiste a esperança...

Mas é um golpe do destino!
Tantas noites rotineiras, comuns...
Tempo passageiro, traiçoeiro...

Quando a possibilidade fluiu
O castelo inteiro desmorona,
Sucumbiu em febre e dor...

A vontade de estar...