Era hora... Mas não existia o tempo,
Enquanto pousava o
pensamento sobre um olhar.
Era lugar... Mas não existia espaço,
Enquanto ocupava em
volume todo o pensamento.
Era festa... Mas não existia música,
Enquanto dançava o
corpo sobre a guarda tua.
Era canto... Mas não existia acorde,
Enquanto tecia em dedos as melodias em sentido.
Era surto... Mas não existia condutor,
Enquanto a corrente envolvia a mente em segredo.
Era grito... Mas não existia uma fala,
Enquanto sussurrava no ouvido o batom vermelho.
Era momento... Mas longe da realidade,
Enquanto os sonhos encontravam um meio de selo.
Era vento... Mas soprava intangibilidade,
Enquanto a imaginação transformava cada intenção.
Era exato... Mas traduzido erroneamente,
Enquanto abrigava a razão um espaço na emoção.
Renata Netto.