quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O que me passa

Quando o abraço afagou a ânsia e o beijo desvendou o antigo mistério dos sonhos de outrora, 
Era o corpo que se entregara sem pudor, sem medo... 
Quando descobrira o sabor, era tarde, a águia se libertou. 
Mas a liberdade tomou o peito e arrancou de si o mais lindo sussurrar, lido em versos: a delirar. 
Acorda em cor o tom do prazer.
Mágico, incansável desbravador... 
Meu corpo padeceu  em compulsa e fervorosa mescla de sensações...
Era tão intenso o desejo que de mim escapou.

Corrosivo

Essa dor que me corrói por dentro
Transparece todo o meu desejo
Se eu podesse apagar você de mim
E as lembranças enterrar...

Esse amor que me confunde a mente
Que me entrega em um olhar
Se eu pudesse levar você comigo
E pra sempre te amar...

Eu seria coberta de risos
Cachoeiras correndo
Para caminhos infinitos

Eu seria fatia do mundo
Repleta de sonhos
Para um futuro de amor

RENATA NETTO

Caminhos

Há caminhos que não escolhemos, simplesmente, nos é oferecido. Aceitamos  as consequências e as alegrias. Nós temos que enfrentar os desafios, mas o que realmente importa é nos oportunizar das descobertas e seguir em frente...Na maioria das vezes são as quedas que nos trazem grandes presentes... é só uma questão de tempo... Existe também os caminhos em que a queda é mais dolorida, profunda e deixa cicatrizes...Mas nós somos seres adaptáveis a qualquer tipo de natureza, principalmente, a selva que se é...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Pássaro gigante

Quando um pássaro gigante
Aposenta suas asas
No emaranhado das árvores
O sonho se desfaz

A vida, paisagem morta
Definhando a coragem
Se vira e se contorce
Olhando para o céu

A terra a cima do tempo
Que se perdeu sozinho
Quando procurou o sol
E a luz não encontrou

RENATA NETTO.

                                                      Imagem retirada do site: overmundo.com.br

Rodopio

Corro pra mim mesma e tento entender
Chamo-me várias vezes pra escutar uma resposta
Que nunca vem
Mudo de pele, de nome e cabelo
Visto-me de vontade de ser quem nunca fui
Pra no fim ser ninguém

É isso! O mundo gira e eu também
Mas há sempre aquele ponto estático
Que permanece em mim
O vento sopra pra longe os pensamentos
E a chuva no fim da noite despeja-os de volta
Sobre meu corpo
Eu sei o que esperam e o que querem que eu faça
O mais difícil é conhecer a si mesmo
Trago pedras nas costas pra enfeitar o meu jardim de inverno
Pois quando o sol a tocá-las refletirá a luz que demorou a vir

RENATA NETTO.


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Stand da espera

Óh! Se o coração nos libertasse por inteiro dos desejos.
Mas e se o desejo me tomasse o peito da prisão calorosa
Que é o amor, me entregaria ao vento no chamar do sabiá.

Sairia nua a desfilar a mais pura sinfonia do despertar
Do sol que carrego em meu olhar, queimando o ventre
Do argiloso segredo pesado em minhas costas despida.
 
Só o sabor da aventura de teus morros e caminhos a delirar
Solta do meu corpo a minha alma a clamar, por murmúrios
Repletos de parzer, o teu nome: língua que percorre meu dorso
 
O arrepio que atinge meus sonhos em meio a doce madrugada
É como o orvalho a tocar a rosa no momento que desabrocha
Para respirar aberta tudo o que te consola, aprisiona, afugenta.
 
Porém, da memória não resguardo os momentos, pois tremeria
Do frio árduo que é tua lembrança, mas guardo comigo a tua voz
Dizendo em silêncio profundo o que teus olhos não mentem toda vez
Que vê em seu leito meu corpo desnudo procurando a tua loucura.

RENATA NETTO.

Imagem retirada do site: http://olhares.uol.com.br, autor da foto: Jorge Garcia no albúm: Paisagem urbana.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Viver...

Quando pequeno, livre. Quando grande, aprisiona.
Quando início, saudade. Quando término avassala.
Quando faz sol, praia. Quando faz frio, casa.
Quando chega, felicidade. Quando parte, raiva.
Quando espera, tempo. Quando age, acaba.
Quando guarda, não esquece. Quando esquece, se esvazia.
Quando esperança, prevalece. Quando medo, escurece.
E quando dor, lembrança. Quando alegria, memória.
E quando nada ir nem vir, quando nada for, é ou será...
Nada terá, nada será, nada por nada, apenas você e você...
Porque da vida só tem e é, quem vive o início e o fim!

RENATA NETTO



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

+ Música

O nome da música é MAR. Criei esta música em homenagem ao sentimento que crescia e esvaziava meu peito, ao mesmo tempo, como uma onda, um oceano de emoções oscilando em suas convicções. Tentei falar deste sentimento através da relação das sensações corpóreas com  alguns fenômenos naturais cotidianos ou não, sempre em uma licença poética para dar margens a variadas interpretações. Com isso, meu intuito foi que as pessoas que escutarem a música tenham interpretações diferentes, moldando minhas palavras em suas vivências!
Com esta música participei do evento UNIFEST 2009 - I Festival de música do Centro Universitário CESMAC.

A composição da letra e melodia é de Renata Netto (a mesma Renata Costa) e os arranjos da banda Vermelho Dália (Gregório Ferreira, Afrânio Casado, Luiz Artur Amorim, Leonardo Amorim e Romison Roges Júnior) e músico Janeo Amorim.

Curtam o som!


Música

Deixo aqui exposto uma composição minha de nome: Parte de mim. Fiz esta música quando o meu papagaio querido faleceu para homenageá-lo, pois sentia um amor incondicional por ele. Foi com esta música que fui selecionada para participar do evento FEMUFAL 2009 - Festival de Música da Universidade Federal de Alagoas, juntamente com a banda Vermelho Dália.
A música e letra é composição de Renata Netto e os arranjos da banda Vermelho Dália (Gregório Ferreira, Afrânio Casado, Luiz Artur Amorim, Leonardo Amorim e Romison Roges Júnior) e músico Janeo Amorim.

Curtam um pouco!

Renata NettO - inspirações!: Fechar-se

Renata NettO - inspirações!: Fechar-se: Hoje, não podemos achar que a vida se resume a felicidades vãs Não podemos achar que o trabalho é tudo em nossa vida e deixar a quem se ama...

Fechar-se

Hoje, não podemos achar que a vida se resume a felicidades vãs
Não podemos achar que o trabalho é tudo em nossa vida e deixar a quem se ama sem atenção
Não podemos achar que a educação se limita a um por favor e obrigado
Não podemos esquecer que somos cidadãos e temos um papel perante a sociedade
Não podemos esquecer que a ética deve prevalecer na profissão
Não podemos querer o bem do outro se não fizermos cumprir o respeito mútuo
Não podemos acreditar em uma nação onde as pessoas não se interessam por ela
Não podemos acreditar em Deus se deixamos de lado irmãos pelas ruas sem abrigo
Não podemos reclamar de políticos corruptos e nada fazer ou se interessar com os pequenos delitos
Não podemos pedir segurança para conter a violência, porque a pior violência é não ter nada, não ter direito de seus direitos, porque não tem voz ou dinheiro.
Não podemos achar que a vida é tão boa para nós quando milhares de pessoas passam fome
Não se fechem, não sejam o centro das atenções
Enquanto nos fechamos para nossas vontades e gostos, deixamos atrás da porta tudo o que deveríamos nos preocupar além de nós mesmos
E chegará o dia que todas essas coisas crescerão largadas, a nossa volta nos trazendo o mal pelo nosso próprio descaso!
Não se feche para vida e nem para as pessoas.
Quando Deus nos enviou ao mundo foi no propósito de ajudarmos uns aos outros para que crescêssemos em prosperidade, harmonia e felicidade plena, e não para destruirmos uns aos outros! 
Não se feche!
Não se feche!
Não se feche!


RENATA NETTO.


                                          Homem a porta, imagem retirada do blog poemas e encantos I.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A cor

Das cores a mais vibrante
Que atrai olhares a sua volta
Que fascina os sensíveis
Que avassala corações puros
Que cria barreiras ao convencional
Que misturou outras cores em sua essência
Para ser única e inovadora
Para ser anormal a natureza
Para ser vida antes que seja noite
Para recordar que temos que ir além
Das cores primárias e secundárias!