Corro pra mim mesma e tento entender
Chamo-me várias vezes pra escutar uma resposta
Que nunca vem
Mudo de pele, de nome e cabelo
Visto-me de vontade de ser quem nunca fui
Pra no fim ser ninguém
É isso! O mundo gira e eu também
Mas há sempre aquele ponto estático
Que permanece em mim
O vento sopra pra longe os pensamentos
E a chuva no fim da noite despeja-os de volta
Sobre meu corpo
Eu sei o que esperam e o que querem que eu faça
O mais difícil é conhecer a si mesmo
Trago pedras nas costas pra enfeitar o meu jardim de inverno
Pois quando o sol a tocá-las refletirá a luz que demorou a vir
RENATA NETTO.
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