O sol lançou sobre a terra seus raios
Envolvendo-a com seu brilho dourado.
Fez dos rios trançado em sua transparência,
Reluziram todas as folhas de todas as árvores.
Sua luz intensa, às vezes terna e horas suor,
Fincou e derreteu as pedras de gelo.
Porém a mesma terra que abraçou,
Rachou e abriu em dor, feridas profundas.
Que nem poça d´ água se via quando chovia!
Secou as mesmas folhas, árvores, e rios.
Fez da pedra água para alagar suas veias largas,
Escorridas em prantos de choro dos sais,
Quando encontrou a lua em seu semblante morno,
Que provoca arrepios com os assobios do vento.
Ela não queima, não fere, nem tampouco remete.
Sempre em estado de mudança reflete o brilho puro
Do sereno, envolvendo corpos em sensações,
As quais a terra desfruta em um banho de mar aberto,
A brisa que vem ninar a terra revirada de tanto se doar.
Renata Netto
Renata Netto
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