terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

In - Mar


Não sei se foi o vento ou a lua...
Tornou o mar profundo e raso...
Tão raso, que meu corpo deitado,
Em areia fina, à luz do sol, espera
Vir banhar-me outra vez tuas águas.
Tão profundo, que meus pensamentos,
Às vezes, se perdem nesse vai e vem
De ondas que me submergem...
No direito de dizer, e ao mesmo tempo,
De me esconder, me proteger...
Inconstante mar, mar inebriante.
Insolente mar, mar turbulento.
Infinito mar, mar de azuis gritantes.
Tormenta vem à noite, soprando limites.
Que muitas vezes quis ultrapassar,
Ser levada pela corrente...
Para onde quiser me alcançar...
E parar de novo em terra firme.
Para reaprender a nadar, mais uma vez.

Renata Netto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário