As pedras que vejo, piso, chuto e arremesso
Sagradas, arranjadas, desfragmentadas
As pedras que junto, quebro, risco e recebo
São as mesmas que quero intactas
As pedras que constroem caminhos, calçadas
Lapidadas, brilhantes, coloridas, espaças
As pedras que correm as águas e são levadas
São as mesmas que lembro nas cascatas
As pedras que permanecem, desmoronam
Rolam abaixo, findada nos firmes solos
Pedras que ao futuro os sonhos fomentam
Mesmo que esfareladas nos canteiros
Renata Netto.
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