sábado, 13 de abril de 2013

Foi assim...

Como um mar aberto envolto em seus mistérios noturnos,
Diante da lua e das estrelas, o barulho das ondas quebrando sem cessar...
Paisagem paradisíaca, braços de desejo, olhos invasivos.
E apenas a vontade de banhar-me dele...
Distraindo-me entre rios, lagos, açudes e poços, deixei-lo.
Visitava-o durante o dia, quando o sol iluminava seu espelho d’água...
Horas forte, horas comum, foi passando o tal do tempo.
E apenas a vontade de banhar-me dele...
Quando a vida passou a ser mais dura, meus pés o procuravam...
Um chão úmido, lençol o qual passeava meu corpo, em súbito prazer.
Sensações, surpresas, compatibilidades, espelho, visão, foco.
E apenas a vontade não bastava após o banho...
Após passear pelas margens de quem seria, veio á tona o querer...
Descobrir em si esse mar em suas dimensões mais íntimas.
Completas de verdade ao navegar em um barco à vela sem motor...
E apenas querer compreender o que o faz tão belo...
Pesquisar seus organismos, células, a vida que o habita e exporta...
Porém, enxerguei o quanto fui pequena, medrosa e cega,
Em não mergulhar de corpo e mente aberto, e te encontrar a nado...
E só agora desvendei o mistério que não quis enxergar...
E só agora vejo que houve uma única oportunidade de mudar...
E só agora entendi que a lua rege o mar assim como o leme o barco...
E agora... Como esquecer o mar?
Se o mar faz parte de mim?
E agora?

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