domingo, 5 de maio de 2013

Dia de chuva!

Enquanto tudo brilha naquele fundo
Que habita um pobre miserável,
Largado no mundo para ser mais forte...

As luzes inventadas daquelas mãos
Criam feixes que apontam vis
Para a naturalidade mais luzente...

A solar...
Girassóis, ouro, olho teu.
Encarnado e sangue vivo,
Rabiscos de puro desejo.

A solar...
Nave espacial, prata, língua tua.
Flutuada e experimentada nua,
Deitada sobre lençóis azuis...

Enquanto do outro lado o rio segue,
O abismo é a cachoeira nobre.
Fadada a encontrar o seio de terra.

A corrente criada de pensamentos...
Leva ou salva uma lógica crua.
Acabada onde a água for enxuta.

A solar...
Notas suaves, pele, teu corpo.
Encrustado e sentido roto,
Quadros vermelho-roxo.

A solar...
Quantidade, números, teus códigos...
Enganados quando com medo,
Abaixo de todos os seus rostos...

Hoje o sol não saiu...


Renata Netto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário