Enquanto tudo brilha naquele fundo
Que habita um pobre miserável,
Largado no mundo para ser mais forte...
As luzes inventadas daquelas mãos
Criam feixes que apontam vis
Para a naturalidade mais luzente...
A solar...
Girassóis, ouro, olho teu.
Encarnado e sangue vivo,
Rabiscos de puro desejo.
A solar...
Nave espacial, prata, língua tua.
Flutuada e experimentada nua,
Deitada sobre lençóis azuis...
Enquanto do outro lado o rio segue,
O abismo é a cachoeira nobre.
Fadada a encontrar o seio de terra.
A corrente criada de pensamentos...
Leva ou salva uma lógica crua.
Acabada onde a água for enxuta.
A solar...
Notas suaves, pele, teu corpo.
Encrustado e sentido roto,
Quadros vermelho-roxo.
A solar...
Quantidade, números, teus códigos...
Enganados quando com medo,
Abaixo de todos os seus rostos...
Hoje o sol não saiu...
Renata Netto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário