terça-feira, 22 de abril de 2014

Ponto de régua

Correm tantos fardos,
Tantos pesares...
E não era tempo
Não era cura, nem milagre...
Era apenas uma distração
Para a vida que não era para ser.
Para quê o encontro se só houve desencontro?
Não nasci para amar completamente...
Nasci para sofrer?

A ilusão crescia em meu peito assim como
A realidade que tentava esconder e
Batia, batia e batia...
E nada do meu corpo mover
Batia e batia, e mais batia...
E nada do meu corpo deixar-se vencer.
Eu não fui assim tão ruim comigo mesma?
Fui? Devo ter sido...

Não respeitei o meu querer
Dei asas para qualquer coisa que viesse
Deixe-me entre o encontro das paredes
No canto, na quina, na junção de lugar algum.

Não deixei ler o meu desejo
Dei pontos e nós no que eu sentia ser.
Vedei o meu espírito com a minha incerteza

Quando com medo calava com as mãos minha alma. 


Renata Netto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário