quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Matéria Luzente

O dia nem amanheceu
E tua lembrança permanece,
Nem nos sonhos me deixou.

Os raios de sol não têm o calor
Que os abraços teus possuem.
É dia e existe lua no céu.
Você está tão distante,
Mas ainda assim ilumina!

Não lembro da escuridão!
Teu olhar abriga a luz!
Olhando para ti sou lua cheia,
Entre as estrelas a mais bonita!

Não há sentido sem sorriso
Principalmente se ele for teu.
O abandono do meu corpo se faz
Porque sinto o que não se explica.

Assim sem controle dos meus atos,
Por loucura sana, essa, o amor
Que não é meu: é todo seu!

Pois sem ti não há amor e sem amor
O que sou a não ser matéria morta?
Olhando para ti não serei lua cheia,
Nem estrelas existirão, sou mais feia!

Serei fumaça perdida entre a ventania,
O sopro do que foi e não é mais.
Fruto do pesadelo infinito que é
Um ser sem o que o habita, abriga,
Consola e diz não chora, não chora.

Mas chove e faz frio, tem fome e dá arrepio
E diz é forte, é forte e o tempo ruim passa
O que me faz ser luminosa e radiante,
A competir com o sol; é o amor que tenho.

O amor existente em mim que é seu!
O amor que me faz inteira e não pela metade!
Que sem ele não existiria a beleza do dia,
Seria apenas matéria morta... Sem luz, sem vida!

RENATA NETTO

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