quarta-feira, 17 de julho de 2013

Veneno solidão

Vôo de vento em popa, de popa em vento...
Vertigem no deserto, asas brancas entre as nuvens...
Povoa o universo aquela trama perversa...
Água que passarinho não bebe, no poço de teus bens...

É o veneno da solidão...

Pior que cachaça, pior que um vício.
A solidão te traz a tormenta da rejeição,
A negação de todo o potencial...
A remoção de parte do que se é.

O veneno da solidão...

Não queima, nem arde...
Não corta ou decepa...
Não perfura, nem torce,
Muito menos quebra...

Mas o veneno da solidão,
Nos cega, limita, nos nega...
Machuca como queda,
Dói como pedrada...
Aprisiona a cama sem doença...
Enlouquece sem alucinógenos...
Embriaga como o álcool...

Esse veneno nos distancia,
Divide, separa do certo e do errado...
Constrói muralhas, ilhas...
Faz crescer o amargo, deprecia,
Imobiliza, inutiliza, neutraliza,
Assassinos de nós mesmos...

Por tanto... Tomemos sempre doses de si mesmos...
Aprendamos a nos gostar como somos...
Gostar dos outros com respeito...
Amar a vida como se apresenta...
Aprendamos que a felicidade é uma opção de vida!
E não uma meta a se bater, sempre, no futuro. É presente!

Renata Netto.

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